sexta-feira, 28 de setembro de 2012

V Seminário do Fórum Regional da EJA

Profª Alvanira Lima apresentando o projeto Cinema na Escola



Passei a manhã e parte da tarde fazendo uma das coisas de que mais gosto: aprender. Na qualidade de professora do Centro de Educação de Jovens e Adultos, tive o privilégio de participar da V Jornada Pedagógica do SESI – V Seminário do Fórum Regional da EJA (uma promoção do SESI em parceria com a 12ª DIRED e a GEED de Mossoró). 

Avaliação de aprendizagem: Por uma Práxis Transformadora” foi o tema da excelente, edificante e reflexiva palestra do professor, pesquisador e escritor Celso Vasconcellos. Durante a mesma, tivemos acesso a informações e dicas indispensáveis para a nossa prática pedagógica diária. 

Compartilho algumas anotações, da fala do palestrante, que fiz no decorrer desta proveitosa e agradável manhã:

“O professor está “no chão” da escola e da sala de aula. Tem muitas e muitas coisas que, se ele não fizer, ninguém pode fazer no lugar dele.”

“Quando você não sabe o porquê do que você ensina, você está apenas seguindo o senso comum.”

“A prática equivocada espanta o aluno da escola no tempo certo.”

“Precisamos resgatar a potência do professor. Se ele achar que não pode nada, ele adoece.”

“Devemos fortalecer seu poder, pois muitas vezes ele não sabe o poder que tem.” 

“O que nos mata (referindo-se aos professores) não é só a carga de trabalho, mas a falta de sentido desse trabalho.”

“Não basta mudar a forma de avaliar. É preciso mudar a intencionalidade do avaliar. De nada adianta selecionar novos conteúdos ou métodos diferentes de medir o aprendizado se não houver alteração na intencionalidade. Sempre que as crianças se perguntarem o que fazer para recuperar suas notas, os professores deverão se questionar como recuperar a aprendizagem.”

“No sabemos lo que nos pasa y eso es lo que pasa.” (Ortega e Gasset)

“Devemos usar dinâmicas que tenham sentido e não aquelas que servem apenas para manipular.”

“Ser professor é criar condições para a aprendizagem.”

“O fundamental do professor é produzir aprendizagem.”

“O papel da avaliação é ajudar a escola a cumprir sua função social, que passa por três tarefas básicas: aprendizagem efetiva, desenvolvimento humano pleno e alegria crítica (docta gaudium), de cada um e de todos os educandos.”

“No avaliar, o grande desafio é trocar os “óculos de Gauss” (olhar classificatório) pelos “óculos de grau” (o olhar que quer ver).”

“O sentido da avaliação é qualificar.”

“Normalmente, o que comanda a ação de um professor não é um nível de teoria desejada, correspondente àquilo com o que ele concorda ou considera correto, mas um nível de teoria enraizada (o que ele internalizou).”

" Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.” (Fernando Pessoa)

Fomos brindados, ainda, com duas excelentes apresentações culturais. A primeira foi um “Tributo a Luiz Gonzaga” (pelos alunos da Escola Celina Guimarães Viana) que encantou a todos. Durante esta apresentação dos alunos-artistas do prof. Alexandre Neves, uma cena me chamou, especialmente, a atenção: a sensibilidade de uma das alunas que, ao escutar a popular toada “Luar do Sertão”, não conseguiu conter as lágrimas. Certamente não estava no script. A segunda, foi a performance do bem-humorado Grupo Acorde – que, em breve, completará quinze anos de carreira.
Para encerrar, o CEJA Professor Alfredo Simonetti, seguido das unidades do SESI de Natal, Mossoró, Assú e Macau compartilharam um de seus respectivos projetos.
Agora, é só aguardar o próximo fórum!

A seguir alguns registros fotográficos:



 Um agradecimento especial para a prestativa e paciente 
Juliene Vieira que não mediu esforços para nos ajudar
Professoras Elma, Maria Augusta e Jandira
- representantes da DIRED e GEED
Flagrante dos minutos que antecederam o início do evento

Da esquerda para a direita, professores Lúcia Câmara,
Valter Rebouças e Socorro Barbosa

Mais professores do CEJA: Ivanilce, Socorro, Carminha e Barbalho

Ao centro, uma das supervisoras do CEJA, Rilzonete

Na penúltima fila, destaque para mais uma supervisora do CEJA: Benômia

Mais professoras do CEJA: Vera Lúcia e Alvanira Lima
Momento em que assistíamos a uma apresentação de esláides
com registros fotográficos dos fóruns anteriores
Momento da abertura do evento

Brilhante apresentação da E.M. Celina Guimarães Viana
Um tributo a Luiz Gonzaga

Os alunos-artistas da E. M. Celina Guimarães Viana
foram aplaudidos de pé, após a sua apresentação
O palestrante Celso Vasconcellos







Momento em que a professora Alvanira Lima
apresentou o projeto "Cinema na Escola"

Apresentação bem-humorada do Grupo Acorde

Professora Rejane Dantas (SESI/Natal) apresentando o projeto
Educação Ambiental: Um Caminhopara a Transformação

Professoras Nilvânia e Layane (Unidade Operacional de Assu)
apresentando o projeto "Uma Viagem à Pré-história"


O professor Jucier Gomes (SESI/Macau) apresentando
o projeto "Nossa história diante de um romance"

Momento final: a professora Mariza Pinto parabenizando
as equipes do SESI, da 12ª DIRED e da GEED pelo sucesso do evento


domingo, 23 de setembro de 2012

Educar

A título de reflexão, sugiro esta frase de Michel de Montaigne (1533–1592): 

 "Eu não sei nada sobre educação, exceto isto: que a maior e mais importante dificuldade dos seres humanos parece residir naquela área que diz respeito a como criar os filhos, e como educá-los."

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Retribuindo visitas...


Neste final e início de semana, tomei parte em uma excursão com destino a Garanhuns-PE. Fui, juntamente com familiares e amigos, humildemente, retribuir as visitas de alguém muito especial, que sempre nos atende quando a ela recorremos: a nossa Mãe Rainha. 

Particularmente, em vários momentos de preocupações, incertezas e provações, tenho podido sentir a Sua presença em meu lar, no meu trabalho, aonde quer que eu vá e dEla necessite. Embora não tenha o privilégio de vê-LA, percebo Suas respostas através do atendimento aos meus pedidos e das bênçãos em nossas vidas. 


Passamos boa parte da tarde do sábado nesse Seu Santuário. Fomos recebidos, ao som de voz e violão, pela carismática e talentosa irmã Eliana – uma gaúcha acolhedora que cativou a todos com o seu jeito espontâneo e alegre de ser.

A paz reinava naquele ambiente e uma energia positiva pairava no ar, sensibilizando e renovando a fé daqueles que lá se encontravam.

Também fizemos alguns passeios pelos pontos turísticos dessa cidade pernambucana, de clima frio, que nos lembra os estados do Sul do Brasil no início do inverno.
 
Hospedamo-nos no aconchegante, moderno e bem localizado Garanhuns Palace Hotel, que superou as nossas expectativas. 

Fotos de Josselene Marques

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Saudade de ti

Imagem do Google


Hoje senti saudade...

Do teu primeiro presente:

A tua imagem refletida;

Das linhas e entrelinhas

Que tu tens me dedicado;

Da nossa canção que me faz viajar,

Vencendo o tempo e a distância;

Da melodia de tua voz,

Confessando o teu amor;

Do teu olhar expressivo

- Reflexo de tua linda alma;

Do teu bom humor

E até da tua impulsividade;

Das tuas lições de vida...

Enfim, neste exato momento,

Estou sentindo uma imensa saudade de ti.





Copyright © Josselene Marques
Todos os direitos reservados

domingo, 9 de setembro de 2012

Deluccas & Lucian - Um Jantar Para Jesus

Hoje escutei esta canção e apreciei muito a mensagem que ela traz. Por isso, compartilho com você: 

Um jantar para Jesus 


Google Images

Convidei Jesus pra jantar lá em casa
Preparei um frango assado pro jantar,
Eu não tenho muito E tudo é muito simples, 
Mas eu fiz de tudo pra lhe agradar. 
Tudo preparado e a mesa posta 
Alguém bateu a porta corri atender,
Era um mendigo e estava faminto
Me pediu alguma coisa pra comer.
Eu pensei: agora, o que é que eu faço? 
Se eu tirar um pedaço ele vai perceber, 
Mas tirei com jeito uma coxa do frango
E dei pro mendigo pra ele comer. 

Ele foi embora dizendo obrigado
E que em sua mesa nunca falte o pão
É feliz o homem que tem caridade
E que traz o amor em seu coração. 

Eu entrei e fui conferir a mesa 
Pra ver se tudo estava no lugar, 
De repente, bate a porta outra vez
Pensei: é Jesus que acabou de chegar. 
Quando eu abri, vi uma criança
Toda maltrapilha e de pé no chão,
Seus olhos pediam além da comida
Que eu também lhe desse um pouco de atenção.
Fui até a mesa peguei outra coxa
Muito que depressa a criança comeu,
Vi a alegria estampada em seu rosto
Quando num sorriso ela me agradeceu.

Muito obrigado que Deus lhe abençoe 
E que em sua mesa nunca falte o pão
É feliz o homem que tem caridade
E que traz o amor em seu coração. 

Passou mais um tempo, chegou Jesus
E sentou-se à mesa para a refeição, 
Ele olhou pro frango e eu lhe disse coma
E me espantei quando ele disse não.
Ainda confuso disse meu Senhor
Lhe fiz um frango inteiro,
Mas vou lhe explicar
E me interrompeu antes que eu explicasse
Olhando em meus olhos começou falar:
Estou satisfeito com as duas coxas 
Desse frango assado que me preparou,
Hoje bati sua porta duas vezes
Estava com fome e me alimentou.

Tudo o que fizer aos pobres e pequenos
O fará a mim porque são meus irmãos.
É feliz o homem que tem caridade
E que traz o amor em seu coração. 
Se desejar escutá-la, clique aqui.

sábado, 1 de setembro de 2012

Rumo ao centenário: 90 valiosos anos de vida

Maria do Carmo relendo "O grande industrial" de Jorge Ohnet 

É com prazer que faço este registro: há exatos 90 anos nascia Maria do Carmo de Farias. Esta tia – a quem amo como se minha mãe fosse – é a mais velha de cinco irmãos. Atravessando décadas e gerações, sua vida tem sido um exemplo de força, persistência e nobreza de caráter; sua presença/existência é um referencial, um porto seguro; enfim, ela é uma fonte inesgotável de sabedoria, experiência e memória – um arquivo vivo da história da nossa família que, há anos, vem sendo repassada a mim e a todos que por ela se interessam.

Entre tantas qualidades, o que mais me impressiona é o seu autodidatismo. É capaz de discorrer, com pertinência, sobre os mais diferentes assuntos do presente e do passado sem aparentar insegurança ou cansaço. Embora tenha cursado as séries iniciais na escola regular (superando obstáculos extras, como a falta de professores – qualquer semelhança com os dias atuais não é mera coincidência , alfabetizou-se aos sete anos), a maior parte do seu saber é oriunda da leitura espontânea e incansável de centenas de livros – muitos deles lidos, com avidez, à luz de lamparina.

Aos oito anos, foi incentivada, por seu pai, a ler o primeiro livro – meu avô o tomara emprestado. Diferentemente da maioria das crianças dessa faixa etária, que leem livros ilustrados ou gibis, o referido exemplar, um tanto volumoso para uma leitora iniciante, foi nada mais nada menos que “O grande industrial” (Le Maître de forges, escrito em 1882), um romance histórico do narrador e dramaturgo francês Jorge Ohnet (Paris, 1848 – 1918). O segundo, de sua vasta lista, foi “Carlos Magno e os 12 pares de França” cuja primeira edição data de 1728, de autoria do médico militar Jerônimo Moreira de Carvalho. Agora, imaginem o naipe dos outros que sucederam estes dois na sua adolescência, juventude e maturidade.

Certo dia, em uma de nossas conversas, ela manifestou o desejo de reler aquele primeiro livro de sua infância. Na ocasião, revelou-me que o havia procurado, mas infelizmente não o encontrara nem na biblioteca e muito menos nas livrarias locais. Sensibilizei-me e tomei como um desafio localizá-lo e adquiri-lo para ela. Graças à bendita internet, consegui comprá-lo em um sebo virtual. Reconheço-me incapaz de descrever a sua expressão de felicidade ao ter, em suas mãos, não apenas a oportunidade de voltar ao final da década de 20 – época em que leu esta obra, mas também ao final século XIX, tempo em que se passou a história narrada neste romance de cavalaria e de exaltação da fé cristã. 

Quando nasci, esta tia amada estava fechando a casa dos 40 anos e vivia bastante atarefada: sua energia e seu tempo eram dedicados ao esposo, aos sete filhos, às tarefas do lar e a um comércio que eles mantinham. 

Nossa afinidade vem de longa data e tem se manifestado de várias formas. A mais intrigante – até para mim – é o fato de, na minha infância, eu conseguir adivinhar o dia em que receberíamos uma de suas raras visitas – segundo minha mãe, nesses dias, eu acordava já falando a respeito dela e tínhamos apenas de aguardar umas poucas horas para vê-la chegar com o seu jeito todo especial e cativante de ser. 

Atualmente, além da coincidência de gostos e sentimentos, há uma espécie de comunicação extrassensorial de pensamentos entre nós: em determinados momentos, é recíproco e simultâneo o desejo de nos falarmos. Nessas horas, um contato telefônico contorna a distância, pois, lamentavelmente, não moramos na mesma cidade e as visitas têm se tornado, cada vez mais, inviáveis. Todavia, nosso laço é inabalável, pois é permanentemente fortalecido por sentimentos de amor, respeito, admiração e consideração. 

Fazer 90 valiosos anos com lucidez, ao lado dos familiares, é um privilégio e tanto. É mais uma marca. É fazer uma conversão para a estrada rumo ao centenário.

Na Sua Misericórdia, que Deus lhe conceda mais saúde a fim de que possa permanecer entre nós, com relativo conforto, pelo tempo que Ele permitir. 

Mesmo na distância, eu me faço presente através deste texto. Reafirmo o meu amor e digo: “quando crescer”, quero, no mínimo, ser parecida com a senhora. Feliz Aniversário!