quinta-feira, 7 de junho de 2012

Ponte Milvio


Poema "Namorados" por Josselene Marques
 Poesia concreta
 (Neste caso, desintegração do sintagma em seus fonemas)


Ainda há pouco, no momento em que procurava uma imagem para ilustrar um poema, deparei-me com a foto de um casal de namorados em uma ponte na qual havia postes repletos de cadeados. Naturalmente, fiquei curiosa para saber sua procedência e seu significado.

Após uma rápida pesquisa, descobri que trata-se da Ponte Mílvia, sobre o Rio Tibre (em italiano: Ponte Molle ou Ponte Milvio, latim: Pons Milvius ou Pons Mulvius), ao norte de Roma, na Itália.

Segundo a Wikipédia, “a ponte foi construída pelo cônsul Caio Cláudio Nero, em 206 a.C., depois que o mesmo derrotou o exército cartaginês na Batalha do Metauro. Em 115 a.C., o cônsul Marco Emílio Escauro demoliu-a e construiu uma nova ponte, feita de pedra, no mesmo lugar. Em 312 d.C., o imperador romano Constantino derrotou seu rival mais poderoso, Magêncio, próximo a esta ponte, na célebre Batalha da Ponte Mílvia. Durante a Idade Média, a ponte foi renovada por um monge chamado Acúcio, e em 1429 o Papa Martinho V pediu a um famoso arquiteto, Francesco da Genazzano, que consertasse a ponte, à beira do colapso então. Durante os séculos XVIII e XIX, a ponte foi modificada por dois artistas, Giuseppe Valadier e Domenico Pigiani.”

Mas, e os cadeados?

Os cadeados na ponte representam uma das mais recentes tradições dos enamorados. Eles costumam prender um cadeado num dos postes de iluminação central da ponte e lançar sua chave no Tibre.

Acredita-se que a origem do hábito tenha sido a partir de um trecho do romance "Ho voglia di te" (Quero-te) do escritor italiano Frederico Moccia, publicado em 2006, no qual um casal apaixonado escreve seus nomes num cadeado para, em seguida, atá-lo em volta de um dos postes da Ponte Milvio. Feito isto, eles se beijam e jogam a chave nas águas do Tibre, como os imitam os jovens atualmente. Para eles, é uma forma de selar o amor e eternizá-lo.

No final do ano passado, por medida de segurança, as autoridades romanas decretaram a retirada do excesso de cadeados, pois seu peso poderá comprometer a estrutura “Ponte do amor”. 

Hoje, Dia Corpus Christi, aproveito este post para desejar um ótimo feriado para você!

2 comentários:

Versos da alma disse...

Como se um cadeado prendesse
almas afins,
Como se um beijo selasse
a plena união,
Como se um ato tornasse
a história sem fim,
Como se um pacto tornasse eterna
uma paixão...
Como se não fosse o amor,
por sua própria força
a unir o meu ao seu coração...
Márcia Kaline

Anônimo disse...

Nada prende o amor se não for feito com amor. Amor com ou sem cadeado só é amor quando há dois lados. E que haja confiança nesse amor. Mas, por via das dúvidas, vou comprar um cadeado bem grande, botar o meu nome e o da minha amada e trancá-lo e quando eu puder vou até essa ponte (com ela), beijo-a e jogo a chave no rio. Rsss

Beijos! Boa viagem!
Raí