quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Guiné-Conacri - Massacre de manifestantes

Conflito entre soldados e
manifestantes em Guiné-Conacri
Foto: BBC Brasil

A mais recente notícia, amplamente divulgada na imprensa mundial, é de um massacre. Mais de uma centena de mortes. Mais de mil feridos. Tiros contra a multidão, violações, ocultação de cadáveres. Este foi o resultado, em apenas um dia, do massacre/repressão de milhares de manifestantes, encurralados no Estádio 28 de Setembro, em Conacri, capital da Guiné-Conacri, nesta segunda-feira. Vale salientar que os cidadãos atingidos estavam desarmados.

A população protestava contra uma nova candidatura de Moussa Dadis Camara – atual presidente - às eleições presidenciais previstas para janeiro, o que quebraria um compromisso anterior, do governante, de não se candidatar novamente. O militar Camara tomou o poder depois da morte do Presidente Lansana Conté, em dezembro de 2008.

Pormenores terríveis estão sendo revelados pelos mais conceituados órgãos de comunicação: assassinatos em massa, perseguições a adolescentes, mulheres submetidas a torturas e violações, antes de serem mortas. Em alguns casos, militares chegaram ao ponto de introduzir armas em seus corpos para, em seguida, atirarem. Terrível! Simplesmente inaceitável, em pleno século XXI, uma barbárie desta dimensão. Quando pensamos que já vimos a maldade humana em seu limite, assistimos, estarrecidos, a cenas de selvageria e covardia inconcebíveis num mundo dito globalizado e altamente “evoluído”. E o pior: isto é apenas o início das manifestações previstas para os próximos meses, pois a população, insatisfeita com o atual governo, não pretende mantê-lo por mais tempo.

Saiba mais:

Guiné-Conacri é considerado o novo oásis da África Ocidental. Tem uma extensão de 245.587 km² e limita-se ao norte com Senegal e Mali, ao leste com Costa do Marfim, ao sul com Serra Leoa e Libéria, e ao oeste com o oceano Atlântico. Possui uma população de cerca de 9,6 milhões.

Contraste

Enquanto o povo africano da Guiné-Conacri padece, em Mossoró, comemoramos os 126 anos da libertação de seus antepassados escravos trazidos para esta cidade. A abolição da escravatura, em território mossoroense, foi declarada de forma pioneira em 30 se setembro de 1883. Mossoró foi a primeira cidade potiguar a libertar os negros cativos - Eu não poderia ter nascido em outro lugar!

Hoje é um dia de festa com direito a desfile militar e cultural.

Para saber mais sobre a Abolição dos Escravos em Mossoró, acesse:

http://recantodasletras.uol.com.br/resenhas/634987

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domingo, 27 de setembro de 2009

Convite

Arte: Josselene Marques

Convido os meus amigos internautas, que me honram com suas visitas, a visitarem o meu outro blog cujo nome é Revelação. Lá vocês encontrarão contos, prosas poéticas, poemas e frases frutos de minha mais pura inspiração além de letras de músicas traduzidas. Aguardo suas visitas. Eis o link: http://purainspiracao2009.blogspot.com/
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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Os sonhos

Imagem: WEB


“ Aprendi que os sonhos transformam a vida numa grande aventura. Eles não determinam o lugar aonde você vai chegar, mas produzem a força necessária para arrancá-lo do lugar em que você está.”

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AUGUSTO JORGE CURY- é médico, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor.


terça-feira, 22 de setembro de 2009

A Primavera chegou

Imagem: WEB



Por incrível que pareça, já estamos na Primavera e nela permaneceremos até dezembro. Trata-se de um período propício à renovação não só da fauna e da flora, mas também dos seres humanos – por ser extraordinariamente inspirador e revigorante.

Embora na região Nordeste do Brasil – onde eu moro – haja pouca variação de temperatura, ao longo do ano, e esta estação não seja bem definida, é impossível não perceber sinais e transformações no cenário que me cerca.
Cada estação do ano tem sua beleza e importância peculiares, contudo, a meu ver, nenhuma delas se compara à Primavera. Em sua generosidade, a natureza nos manda esta “deusa” coroada e lindamente vestida de flores dos mais diferentes formatos, matizes e aromas enfeitando e perfumando as nossas vidas. De sua “corte” fazem parte, entre tantos outros, os passarinhos e as borboletas que complementam a bela paisagem, que os meus olhos veem, mas sou incapaz de reproduzir, fielmente, com palavras, devido a sua grandiosidade.
A visão deste colorido espetacular sempre tem o poder de enlevar a minha alma e me fazer esquecer aborrecimentos, tristezas e preocupações do cotidiano. Então, passivamente, deixo-me levar por esta beleza, que me enche de entusiasmo e me dá energia suficiente para mais um renovamento.

Feliz Primavera para você!
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domingo, 20 de setembro de 2009

Ingratidão

Imagem: WEB

Quando somos ingratos, estamos, automaticamente, revelando o nosso alto grau de insensibilidade e egoísmo.
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sábado, 19 de setembro de 2009

Quando as pessoas que amamos partem


Dona Cristina acena em nossa última viagem juntas.Foto: arquivo pessoal
Clique na imagem para ampliá-la.


A morte é inevitável, pois faz parte da vida. Todos nós, ao longo da existência, precisamos aprender a aceitá-la - embora não seja uma tarefa fácil. Toda e qualquer perda é difícil de superar, mas nenhuma delas é tão dolorosa quanto a morte de uma mãe. Ela provoca um vazio irreparável, afinal, é impossível substituir o ser que nos gerou, alimentou, protegeu e educou.

Por mais que sejamos maduros, esclarecidos e auto-suficientes, não estamos preparados para ficarmos órfãos. É terrível imaginar que jamais veremos aquela pessoa novamente.

No domingo passado, recebi com tristeza a notícia do falecimento de uma amiga e antiga companheira de caminhada: Maria Cristina dos Santos.

Conheci Dona Cristina na Estação das Artes. Por vários meses fizemos nossas atividades físicas naquele local. A princípio, ela me chamou a atenção porque sempre caminhava sozinha, como eu. A nossa aproximação aconteceu de modo natural. Conversávamos bastante e acabamos descobrindo que alguns membros de nossas famílias tinham laços de amizade. A partir daí, também, nos tornamos amigas. Chegamos até a viajar juntas em excursões de turismo religioso. Eu admirava, principalmente, o seu amor pela vida e o orgulho, que demonstrava sentir, ao referir-se aos filhos que Deus lhe deu. Era um privilégio escutar os seus ensinamentos e sábios conselhos, embasados em sete décadas de experiência. Seu alto astral, sua simpatia, sua firmeza de caráter e a sua franqueza no trato com as pessoas – coisa rara em um mundo no qual a hipocrisia e a falsidade imperam – eram invejáveis.

Fui velar seu corpo, mas não tive coragem de me despedir. Fiquei, a uma pequena distância, apenas contemplando o seu último leito e orando por sua alma.

Na volta para casa, vinha refletindo e lembrando que, quando as pessoas amadas partem, na verdade, somente nos privamos de sua presença física. Creio que o espírito permanece vivo, para sempre, a interceder por nós. As recordações dos momentos compartilhados continuarão existindo, cada vez mais fortes, pois elas estão gravadas nas mentes de todas as pessoas com as quais nos relacionamos. Nossos entes queridos, certamente, já incorporaram nossos preceitos. Neste caso específico, por exemplo, haverá situações em que os filhos dirão: se mamãe estivesse aqui agiria assim... Ou diria tal coisa... Isto acontecerá, naturalmente, porque eles já identificaram e aprenderam os princípios morais e éticos que ninguém melhor que uma mãe é capaz de ensinar.

Portanto, a minha amiga não será uma simples lembrança, pois está dentro de cada um de nós, que tivemos o prazer de conhecê-la ou de conviver com ela. Embora o desconhecimento do mistério transcendental da morte nos impeça de aceitar, facilmente, uma perda desta envergadura, a fé nos dá forças para, paulatinamente, irmos reconhecendo que a vida é uma passagem curta e, por isso mesmo, deve ser vivida como Dona Cristina viveu: intensamente.


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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Experiência inclusiva

Fotos e montagem: Josselene Marques


Você consegue imaginar uma criança com surdez “avaliando” outra com paralisia cerebral?

Pois fique sabendo que isto é possível e aconteceu na Escola Municipal Senador Duarte Filho, na nossa sala multifuncional, onde eu e a professora Jaciara Gomes realizamos o AEE (Atendimento Educacional Especializado) aos alunos com deficiência da rede municipal de ensino.

Conforme o planejado, estávamos, eu e o aluno Samuel, trabalhando, simultaneamente, as cores e o manuseio do mouse no computador. Nessa ocasião, inesperadamente, chega o aluno Felipe, com trinta minutos de antecipação ao seu horário de atendimento habitual. Então, tive que improvisar, pois não podia deixá-lo ocioso, esperando. Aproveitei a oportunidade para entrosar os dois. Sugeri que Felipe (aluno com surdez) assumisse o papel de monitor e fizesse a “avaliação” do colega Samuel (aluno com deficiência intelectual). Entreguei-lhe alguns lápis coloridos e pedi que o mesmo perguntasse os nomes das cores a Samuel. Felipe, orientando-se pela tela do PC e obedecendo à sequência de cores da imagem, apresentava um lápis de cada vez e perguntava, através de gestos, os nomes das cores ao “seu aluno”. Este respondia, prontamente, na medida em que os lápis lhe eram apresentados. A comunicação entre eles fluiu de maneira impressionante. O monitor Felipe, visivelmente satisfeito com a sua “nova função”, para minha surpresa, comportou-se como tal e vibrava a cada acerto - como eu costumo fazer com todos eles.

Em síntese, ambos apreciaram a “brincadeira” e avalio que os objetivos da aula foram alcançados, superados e o conhecimento foi construído de uma maneira prazerosa para os dois e gratificante para mim.

Pessoal, foi lindo e emocionante!

Esta “simples” experiência nos faz ver que quase tudo é possível, desde que queiramos, nos empenhemos e não desistamos diante de obstáculos, imprevistos e limitações.
Como sabemos, não há fórmulas prontas para educar na diversidade, mas compromisso, sensibilidade e, sobretudo, amor são essenciais neste trabalho enriquecedor.

O mundo pode ser melhor – não tenho dúvida!

Obs.: Tenho autorização dos pais desses alunos para publicar as fotos e os nomes dos mesmos.

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LEIA TAMBÉM EM http://duartefilho1974.blogspot.com/ , O POST "EXPERIÊNCIA INESQUECÍVEL" DA PROFª JACIARA GOMES.


sábado, 12 de setembro de 2009

Reflexão: Sentimentos negativos

Imagem: WEB
Montagem: Josselene
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Um dia, um menino chegou da escola muito irritado. Ele contou para o pai que tinha brigado com os colegas e que estava com muita raiva dos amigos. Ele parecia mesmo transtornado pela raiva, como se quisesse bater em todo mundo que encontrasse pela frente.

Pacientemente, o pai perguntou se ele queria se livrar dessa raiva. O menino disse que sim. Aí, o pai propôs:
- Sabe aquele lençol branco que está ali no varal?
- Sei...
- Você vai pegar pedaços de carvão que estão nesse saco aqui e jogar no lençol... Jogar toda sua raiva sujando o lençol.
- E vou me sentir melhor?
- Vamos ver, disse o pai.
O menino foi jogando os pedaços de carvão e, quando acabou, estava imundo. Com as mãos, os braços e a roupa negros de carvão. O menino ficou olhando o lençol sujo e depois olhou para ele mesmo, imundo.
O pai disse então:
- Você viu o que você fez com a sua raiva?
- Você a jogou toda contra o lençol, mas ela também voltou para você. O lençol está preto de carvão e você também está preto de carvão. É como se fosse a sua raiva indo e voltando.
O menino ficou calado olhando para o lençol sujo e para ele mesmo.


Conclusão:
Se você conseguir se lembrar dessa historinha quando sentir raiva, ódio, mágoa, rancor, pense que todos esses sentimentos negativos atingem, principalmente, o seu coração, mancham o seu espírito, trazem tristeza e até doenças. O melhor é deixar passar, relevar, perdoar e seguir adiante.




Fonte: Texto "Sentimentos negativos" de Alessandra Chastel.






Paz pela paz - Nando Cordel

Imagem: WEB



Hoje, tive o privilégio de assistir, em um dos meus locais de trabalho, a uma aula de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), bastante participativa, com a professora Vera França. Um de seus momentos mais bonitos foi o aprendizado desta música. Emocionei-me ao ver os ouvintes e não-ouvintes, todos unidos, a cantarem, nas duas línguas, esta canção cuja bela mensagem compartilho com vocês. Vejamos?


A paz do mundo
Começa em mim
Se eu tenho amor,
Com certeza sou feliz
Se eu faço o bem ao meu irmão,
Tenho a grandeza dentro do meu coração
Chegou a hora da gente construir a paz
Ninguém suporta mais o desamor

Paz pela paz - pelas crianças
Paz pela paz - pelas florestas
Paz pela paz - pela coragem de mudar.
Paz pela paz - pela justiça
Paz pela paz - a liberdade
Paz pela paz - pela beleza de te amar.

(repetir a 1ª estrofe)

Paz pela paz - pro mundo novo
Paz pela paz - a esperança
Paz pela paz - pela coragem de mudar.
Paz pela paz - pela justiça
Paz pela paz - a liberdade
Paz pela paz - pela beleza de te amar.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Sorriso nos labios

Montagem: Josselene
Foto: Maria Luíza


"Quem quiser vencer na vida
deve fazer como os seus sábios:
mesmo com a alma partida,
ter um sorriso nos lábios."


Dinamor

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

187º ano da Independência do Brasil

Foto: Valdenice Nascimento
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Neste 07.09.09, comemoramos o 187º ano da Independência do Brasil. Com a célebre frase: “Independência ou morte”, o príncipe português e futuro imperador do Brasil, D. Pedro I, tomou a corajosa e necessária iniciativa de separar o Brasil de Portugal, em 07.09.1822, rompendo com a sua família e o seu país de origem. Este é um dos fatos históricos mais importantes para os brasileiros. Ele marcou o fim do domínio português e a conquista - em termos - da autonomia política. É uma data em que aflora o patriotismo de seu povo.

E por falar em patriotismo, tenho observado que, nas últimas décadas, as novas gerações não têm valorizado, tanto quanto deveriam, a nossa pátria. Isso não é bom e me fez lembrar de uma citação do poeta Carlos Drummond de Andrade: “Só poderemos ser universais na medida em que formos nacionais”.

Creio que a globalização, a cultural supervalorização do estrangeiro e a decepção com alguns políticos sejam, entre outras causas, as principais responsáveis por esse comportamento quase antipatriota. Aliado a isto, o fato de algumas escolas não mais priorizarem o estudo dos símbolos nacionais e muito menos promoverem as tradicionais manifestações de patriotismo como o hasteamento solene da Bandeira Nacional (ocasião em que se aprende o Hino Nacional) - que caiu em desuso com a redemocratização - e a participação nas comemorações do Dia da Independência. Prova disso é o reduzido número de estabelecimentos de ensino e alunos que tomam parte nos desfiles cívicos, resultando na perda da identidade nacional. O ideal seria o resgate desses costumes. A responsabilidade não cabe unicamente à escola, mas também aos pais.

Com relação à independência, somos, de fato, independentes?
Penso que um país pode ser considerado independente quando seus cidadãos têm liberdade de agir, ir, vir, se expressar, fruir de seus direitos e ocupar espaços na sociedade, com responsabilidade, até o ponto de não comprometer o poder legítimo dos demais integrantes do corpo social.

Por mais que tenhamos avançado e conquistado autonomia, precisamos admitir que o Brasil ainda não alcançou sua independência plena – como acontece com a grande maioria das nações -, pois nos livramos do antigo imperialismo inglês (Para ser reconhecido oficialmente, o Brasil teve que pagar uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas a Portugal. Naquele momento, iniciou-se o processo de endividamento externo. A quantia foi conseguida na Grã-Bretanha) para nos submetermos ao atual imperialismo americano – sem comentários!
A liberdade de ir e vir está seriamente comprometida pela violência e pela insegurança que crescem a cada dia. Muitos governantes acham que a solução é investir em presídios e aumentar o contingente policial. Penso que isto jamais resolverá estes problemas, até porque as nossas leis são flexíveis e os foras-da-lei acabam ficando fora das leis e, consequentemente, em liberdade para continuarem a praticar os seus crimes. Seria mais inteligente e eficaz aplicar dinheiro na formação do ser humano, no resgate de valores éticos e morais, na sua educação e em programas ou projetos que lhes ofereçam uma ocupação - a oportunidade de um trabalho digno.

Hoje, assistindo pela TV, ao Desfile do 7 de Setembro, tive o prazer de ver um de meus sobrinhos desfilando no grupo de atiradores do Tiro de Guerra 07 – 010. Olhando aquele belo e altivo jovem, me dei conta da relevância do Exército Nacional na formação da juventude brasileira. Em suas unidades, eles além de receberem educação marcial, aprendem os direitos, os deveres, os limites, o amor pela pátria, a disciplina, o respeito e a solidariedade, entre tantos outros ensinamentos.

Por isso reitero a necessidade da formação do cidadão. Um velho ditado diz que “Só damos o que temos”. Então, como podemos esperar que pessoas sem formação alguma ajam de acordo com os ditames de uma sociedade?
Por fim, que, num futuro próximo, a população brasileira possa comemorar a Independência do Brasil em pleno clima de paz, harmonia, segurança e com amor à pátria.
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domingo, 6 de setembro de 2009

Onde tu moras?

Imagem: WEB

"Um homem está não onde mora, mas onde ama."


Ditado italiano

sábado, 5 de setembro de 2009

Brasil x Argentina: o retorno ao Gigante de Arroyito

Estádio Gigante de Arroyito,
na cidade de Rosario, Argentina.

As seleções do Brasil e da Argentina, há exatos 31 anos, entravam em campo, no estádio Gigante de Arroyito, na cidade de Rosario, Argentina. Naquela ocasião, realizava-se um duelo de favoritos pela Copa do Mundo de 1978. O jogo não era eliminatório, mas era decisivo no grupo 2 da semifinal do Mundial. O resultado foi 0 a 0. Sem dúvida, um confronto frustrante. O interessante é que, três anos antes (16.08.1975), em jogo pela Copa América, os brasileiros obtiveram uma vitória de 1 a 0 sobre os argentinos. Danival, meia do Atlético, fez o gol de vantagem. Portanto, mesmo tendo jogado na "casa dos adversários", o Brasil está invicto em Rosario.

Hoje, 05.09.09, sob o comando dos técnicos Dunga e Maradona, as duas seleções se reencontram pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010. Torcemos para que seja um jogo admirável - quem dera - decidido num lance de genialidade e digno de duas grandes seleções que têm capacidade de mostrar para o mundo o seu futebol-arte.

Na história de disputas entre as duas seleções temos: 96 jogos, 36 vitórias brasileiras, 33 argentinas e 23 empates. Em copas do mundo, foram quatro confrontos: duas vitórias brasileiras (1974, 1982), uma argentina (1990) e um empate (1978).

A Seleção Brasileira está no hotel Holliday Inn, de Rosario, enquanto que a Seleção Argentina está hospedada no Hotel Ross Tower - separadas por apenas dez quadras.


Ficha Técnica do Jogo

BRASIL X ARGENTINA

Local: Estádio Gigante de Arroyito, em Rosario (Argentina).
Horário: 21h30 (de Brasília).
Árbitro: Oscar Ruiz (Colômbia).




Bandeira do Brasil



BRASIL
Júlio César; Maicon, Lúcio, Luisão e André Santos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano (Daniel Alves) e Kaká; Robinho (Ramires) e Luís Fabiano (Adriano).
Técnico:
Dunga.



Bandeira da Argentina



ARGENTINA
Andújar; Javier Zanetti, Otamendi, Sebá e Heinze; Mascherano, Maxi Rodríguez (Agüero), Verón e Dátolo; Messi e Tevez (Milito) .
Técnico:
Maradona.
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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Será o fim do mundo?


Dona Cristina acena em nossa última viagem juntas.Foto: arquivo pessoal
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A morte é inevitável, pois faz parte da vida. Todos nós, ao longo da existência, precisamos aprender a aceitá-la - embora não seja uma tarefa fácil. Toda e qualquer perda é difícil de superar, mas nenhuma delas é tão dolorosa quanto a morte de uma mãe. Ela provoca um vazio irreparável, afinal, é impossível substituir o ser que nos gerou, alimentou, protegeu e educou.

Por mais que sejamos maduros, esclarecidos e auto-suficientes, não estamos preparados para ficarmos órfãos. É terrível imaginar que jamais veremos aquela pessoa novamente.

No domingo passado, recebi com tristeza a notícia do falecimento de uma amiga e antiga companheira de caminhada: Maria Cristina dos Santos.

Conheci Dona Cristina na Estação das Artes. Por vários meses fizemos nossas atividades físicas naquele local. A princípio, ela me chamou a atenção porque sempre caminhava sozinha, como eu. A nossa aproximação aconteceu de modo natural. Conversávamos bastante e acabamos descobrindo que alguns membros de nossas famílias tinham laços de amizade. A partir daí, também, nos tornamos amigas. Chegamos até a viajar juntas em excursões de turismo religioso. Eu admirava, principalmente, o seu amor pela vida e o orgulho, que demonstrava sentir, ao referir-se aos filhos que Deus lhe deu. Era um privilégio escutar os seus ensinamentos e sábios conselhos, embasados em sete décadas de experiência. Seu alto astral, sua simpatia, sua firmeza de caráter e a sua franqueza no trato com as pessoas – coisa rara em um mundo no qual a hipocrisia e a falsidade imperam – eram invejáveis.

Fui velar seu corpo, mas não tive coragem de me despedir. Fiquei, a uma pequena distância, apenas contemplando o seu último leito e orando por sua alma.

Na volta para casa, vinha refletindo e lembrando que, quando as pessoas amadas partem, na verdade, somente nos privamos de sua presença física. Creio que o espírito permanece vivo, para sempre, a interceder por nós. As recordações dos momentos compartilhados continuarão existindo, cada vez mais fortes, pois elas estão gravadas nas mentes de todas as pessoas com as quais nos relacionamos. Nossos entes queridos, certamente, já incorporaram nossos preceitos. Neste caso específico, por exemplo, haverá situações em que os filhos dirão: se mamãe estivesse aqui agiria assim... Ou diria tal coisa... Isto acontecerá, naturalmente, porque eles já identificaram e aprenderam os princípios morais e éticos que ninguém melhor que uma mãe é capaz de ensinar.

Portanto, a minha amiga não será uma simples lembrança, pois está dentro de cada um de nós, que tivemos o prazer de conhecê-la ou de conviver com ela. Embora o desconhecimento do mistério transcendental da morte nos impeça de aceitar, facilmente, uma perda desta envergadura, a fé nos dá forças para, paulatinamente, irmos reconhecendo que a vida é uma passagem curta e, por isso mesmo, deve ser vivida como Dona Cristina viveu: intensamente.



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