domingo, 8 de março de 2009

Dia Internacional da Mulher


Foto: Maria Luíza - Arte: Selene

Hoje, Dia Internacional da Mulher, após refletir um pouco, dei-me conta de que, mesmo ainda existindo mulheres que são vítimas de discriminação, machismo e violência, elas, em sua maioria, conseguiram, nas últimas quatro décadas, conquistar espaços jamais concebidos. Todavia, ainda não é o ideal e muito menos o merecido.

Tudo quanto a mulher granjeou, até o momento, foi com muito sacrifício. Ela é uma lutadora - este é o adjetivo que melhor a caracteriza. Mulher é sinônimo de garra, resistência e superação. Entretanto, apesar de todo esse espírito de luta, tem sido bastante injustiçada, por gerações e gerações, e obrigada a ocupar um papel secundário, de submissão e de dependência quando, na verdade, ela também contribui, de maneira efetiva, na construção da sociedade. Há até chavões que reconhecem o seu valor, mas não alteram sua posição hierárquica. Cito como exemplo o “Por trás de um grande homem, há sempre uma grande mulher”. Veja: a mulher é “grande”, mas tem que ficar em segundo plano. Por que não lado a lado?

Embora todos tenham consciência de seu relevante papel, a mulher, até os dias atuais, ainda pleiteia um salário justo e o direito às mesmas regalias dos homens.

Em pleno século XXI, algumas pessoas “conservadoras” ainda acham que a mulher deve apenas permanecer em casa, cuidando do marido e dos filhos e que, em público, precisa ser discreta - quase invisível - e jamais ofuscar o “brilho” do esposo. Felizmente, muitas mulheres vêm reagindo, de forma mais incisiva, a esse conservantismo, deixando o conformismo de lado. Isto resulta na redução do número de pessoas com esse pensar e viabiliza as mudanças. Atribuo o mérito dessa reação à educação. Antigamente, elas não tinham acesso ao saber formal e, portanto, viviam alheias aos acontecimentos além dos seus “domínios”, não desenvolviam o senso crítico e, muito menos, tinham consciência dos seus direitos. A partir do momento em que tiveram acesso à educação, tudo vem, paulatinamente, se transformando. A mulher moderna, devidamente qualificada e politizada, amplia e consolida o seu espaço na sociedade. O mais interessante é que, a cada avanço, ela surpreende, pois tudo quanto faz é com esmero. Outro ponto que merece destaque é o fato de que a mulher, generosamente, utiliza o conhecimento adquirido em prol da sociedade que a discrimina – já que a mulher esclarecida cuida melhor de si mesma e de sua família e adota iniciativas que corrigem falhas nos diversos setores nos quais atua e, desta forma, ajuda a dar nova feição e melhorar a sociedade. Como ela tem conquistado cada vez mais espaços, mesmo com entraves, não há como passar despercebida. Uma boa parte dos homens já reconhece a sua competência e a admite publicamente. Isto tem contribuído para a sua admissão em diferentes profissões e setores - anteriormente, exclusivos dos homens - e na política. O impressionante é que ela consegue acumular e conciliar múltiplas funções sem comprometer a qualidade do trabalho, o seu desempenho no lar e a sua feminilidade.

Espero e desejo que não esteja muito longe o dia em que todos, sem exceção, outorgarão à mulher o seu devido valor.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Um lindo artigo! Sou seu fã nesse tipo de escrita. Aliás, você veleja em todos os estilos e os ventos sempre são brandos, suaves, poeticamente mansos.
Beijos!