terça-feira, 23 de dezembro de 2008

A origem do Natal

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Do latim Natalis, “Natal” em português – substantivo masculino para “dia do nascimento”, o vocábulo refere-se à Natividade de Jesus. Christmas, seu equivalente em inglês, pode ser traduzido, literalmente, por “Missa de Cristo”. Já em alemão, Weihnachten significa “Noite Bendita”. Embora as pessoas, de diferentes nacionalidades e denominações religiosas cristãs, chamem esta celebração por nomes diferenciados, todos eles têm algo em comum: sua semasiologia. Esta indica culto ou homenagem ao Menino Jesus – Que é o verdadeiro sentido das festas natalinas.


A Festa do Natal não foi relacionada entre as festas bíblicas e tampouco a própria palavra Natal aparece na Bíblia. Todavia, isto não remite a importância desta data para o Ocidente, pois ela marca o ano 1 da nossa História.


O Natal possui raízes pagãs e teve origem na Igreja Católica Romana a partir do século IV. Anteriormente, culturas ancestrais festejavam o solstício de inverno - Que é a noite mais longa do hemisfério norte - e acreditavam que, nesta noite, ocorria uma virada das sombras para a luz, isto é, o renascimento do Sol Invicto. Como na Roma Antiga, o início do inverno era comemorado em 25 de dezembro, com a Festa da Luz, em celebração ao deus Sol - “Dies natalis invicti solis”-, e, ao mesmo tempo, acontecia o crescimento e a difusão do cristianismo, a Igreja Romana resolveu inculturar estas festas – já que é sua tradição não destruir a cultura dos povos – e dar-lhe um novo significado: o Natal, a partir de então, passou a simbolizar a luz, mas não a do sol e sim a de Cristo - que veio ao mundo para nos salvar e morrer pela remissão de nossos pecados.


É consenso, entre a maioria dos historiadores, que o primeiro Natal, de acordo com o modelo que seguimos, foi celebrado somente no ano 336 d.C. A troca de presentes, por exemplo, simboliza as ofertas feitas pelos três reis magos ao Menino Jesus, da mesma forma que outros rituais pagãos também foram adaptados.


A data exata do nascimento de Jesus é desconhecida. Calcula-se que tenha ocorrido em um mês de setembro e não em dezembro - mês no qual os habitantes de Belém, na Judéia, eram submetidos a um inverno rigoroso. Seria humanamente difícil a Sagrada Família sobreviver nestas condições climáticas desfavoráveis. Isto porque, segundo a história, o Menino Jesus, seus pais e os visitantes ficaram praticamente ao relento, na ocasião do nascimento do Filho de Deus. Portanto, o dia 25 de dezembro não é a data verdadeira do nascimento de Jesus. Quem a marcou, no século IV, foi o Papa Libério com o objetivo de suplantar a festa pagã ao deus Sol.

Independente da origem, do significado e da verdadeira data do Natal, observamos que, neste período convencionado, ocorre uma considerável e positiva alteração comportamental tanto na convivência comunitária quanto na familiar: as pessoas ficam mais compreensivas, acolhedoras e solidárias. E o interessante é que isto é contagiante. Então, eu pergunto: Por que não adotar estes sentimentos e este comportamento durante o ano inteiro?
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